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sábado, 1 de maio de 2010

História da Fundição - Brasil

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No Brasil, a expansão territorial realizada pelos Bandeirantes, foi responsável pela ampliação do território nacional, além do Tratado de Tordesilhas. Os Bandeirantes aprisionaram índios, descobriram e exploraram jazidas de metal, sendo o ouro seu principal alvo. O metal tão desejado foi encontrado em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, surgindo assim, o Século do Ouro no Brasil (século XVIII). Por determinação do Rei de Portugal houve uma taxação sobre a extração do ouro, onde o mesmo começou a cobrar uma taxa de 20% sobre todo o ouro que era extraído, gerando-se assim o Quinto e o primeiro Imposto no Brasil. Coloquialmente este imposto, chamado de Quinto, foi apelidado de "Quinto dos Infernos", pois era considerado elevado. Pensando bem, trazendo-se ao dias de hoje, até que não era muito. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição.

As Casas de Fundição são os mais antigos órgãos encarregados da arrecadação dos tributos sobre a mineração. A primeira Casa de Fundição foi estabelecida em São Paulo, por volta de 1580, para fundir o ouro extraído das minas do Jaraguá e de outras jazidas nos arredores da vila. Sua função era recolher o ouro extraído pelos mineiros, purificar e o transformar em barras, nas quais era posto um cunho que a identificava como "ouro quintado". Era também expedido um certificado que deveria acompanhá-la daí em diante. As Casas de Fundição eram dirigidas por um Provedor, auxiliado por Escrivães, fundidores, ensaiadores, cunhadores, meirinhos, tesoureiros e fiscais. Estes últimos eram nomeados por indicação das Câmaras Municipais. No decorrer do século XVII, duas outras casas de fundição foram instaladas na capitania de São Vicente: uma em Iguape e outra em Paranaguá, ambas por volta de 1650.

Com a deflagração do Ciclo do Ouro em Minas Gerais, a partir de 1691, essas três casas, pela sua localização, não podiam atender ao novo Eldorado. Criou-se, então, em 1695, a Casa de Fundição de Taubaté, também chamada de Oficina Real dos Quintos. A seguir, foi instalada outra Oficina Real dos Quintos no Rio das Velhas, em Minas Gerais (possivelmente em Sabará), por volta de 1701.

No decorrer do século XVIII, especialmente em razão da lei de 11 de fevereiro de 1719, numerosas outras casas de fundição foram criadas em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Bahia. Em 1737, porém, foram todas extintas, em virtude da adoção do sistema da capitação, para tributar a atividade mineradora. Entretanto, nova mudança na política fiscal portuguesa determinou o seu restabelecimento em 1751 (por força de alvará de 3 de dezembro de 1750), com a volta do "quinto". Nessa ocasião, outras casas foram criadas em lugares onde antes não existiam.

Curiosamente, foram mantidos os Intendentes do Ouro, cargo criado para gerir o sistema da capitação, os quais passaram a reger as Casas de Fundição. No final do século XVIII e princípio do século XIX, com a decadência das jazidas auríferas, as casas de fundição passaram a ser abolidas. A última delas, a de Goiás, foi extinta já no Primeiro Império. Mas, a abolição formal das Casas de Fundição só ocorreu em 1834. (Fonte: Receita Fazenda).

A descoberta de ouro e o início da exploração das minas nas regiões auríferas, cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas regiões. Vários empregos surgiram diversificando o mercado de trabalho. Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste, a capital do país foi transferida para o Rio de Janeiro.

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Matéria Complementar Externa
"O período 1500-1700: "Engenhos de ferro"


"Os duzentos primeiros anos de nossa História são marcados pela economia canavieira no centro econômico da Colônia, gravitando em torno de Salvador e Recife o interesse fundamental de Portugal, e na sua periferia, São Paulo, o sertão e o Maranhão abastecendo aquele centro com alimentos e mão-de-obra.

A atividade metalúrgica no inicio da colonização é exercida pelos artífices ferreiros, caldeireiros, funileiros, latoeiros, sempre presentes nos grupos de portugueses que desembarcavam nas recém-fundadas capitanias. Numa sociedade embrionária e rural não nos surpreende a inexistência de corporações de ofícios organizados como em suas contemporâneas européias. Por um lado, o artífice rapidamente ampliava suas atividades tornando-se fazendeiro, preador de índios ou comerciante e, por outro, as normas de aprendizado eram abandonadas, especialmente a proibição de acesso de índios e escravos ao oficio. A Câmara paulistana, ainda nos anos de 1500, advertiu seguidas vezes seus ferreiros para que isso não acontecesse: como evitar, entretanto, que o ferreiro ensinasse a seu filho bastardo mameluco o seu ofício? Surpreendente é a justificativa da advertência: "O temor de que os índios viessem a substituir por armas de ferro os toscos tacapes, machados de pedra e farpas ósseas das flechas" 1, ameaçando as comunidades.

A matéria-prima sempre foi importada e rara. Assim, os engenhos de açúcar tinham na madeira seu principal material de construção, e metais só entravam nas operações absolutamente imprescindíveis, como os tachos de cobre para o cozimento do melaço, machados, enxadas e foices de ferro.

Antonil, em 1711, descreve detalhadamente os engenhos de açúcar do Nordeste no seu livro Cultura e opulência no Brasil, indicando que um engenho real utilizava 2.500 quilos de cobre nos tachos e nas caldeiras, e seus fundos, submetidos ao fogo direto, exigiam manutenção freqüente. Nada sabemos hoje dos artífices caldeireiros que faziam esse trabalho.

É curioso que a metalurgia extrativa no país tenha sido inaugurada em São Paulo. Seu início coincide com a união das Coroas portuguesa e espanhola entre 1580 e 1640, e a principal preocupação colonial espanhola sempre foi a obtenção de metais preciosos. Assim, os "engenhos de ferro" ligados ao nome de Afonso Sardinha, de 1590, em Araçoiaba e Sorocaba, e o de Diogo de Quadros, em 1606, em Santo Amaro, são incentivados pelo 7Q Governador Geral do Brasil, D. Francisco de Souza.

Ambos empreendimentos estavam encerrados por volta de 1620, e deles relata a Câmara paulistana criticando o alto custo do ferro produzido e seus proprietários justificando as dificuldades com a mão-de-obra ...FONTE

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